A escolha da abordagem e a Psicoterapia Integrativa

Escolha da Abordagem

A escolha das formas mais eficazes de psicoterapia para cada transtorno mental é complicada pela existência de mais de 400 variedades abordagens psicoterápicas que podem ser definidas e classificadas de várias maneiras, de acordo seu modelo teórico (comportamental, sistêmico, cognitivo, psicodinâmico, etc.), formato ((indivíduo, família, grupo), duração temporal e frequência das sessões, bem como possíveis combinação destes elementos.
Existe um acordo crescente entre os psicoterapeutas e pesquisadores que nenhuma abordagem psicoterapêutica pode ser eficaz e apropriado para todos os pacientes, problemas, e contextos. Cada modelo psicoterapêutico existente e abordagem é inadequada para alguns indivíduos (Norcross e Goldfried, 2005). A pesquisa baseada em evidências demonstrou que os tratamentos psicoterápicos integrativos em suas natureza são eficazes para vários pacientes com transtornos psiquiátricos (Reay et al., 2003; Kellett, 2005; Hamidpour et al., 2011; Stangier et al., 2011; Masley et al., 2012; Roediger e Dieckmann, 2012; Clarke et al., 2013; Miniati et al. 2014).

Se conduzida apenas por um raciocínio linear e causal, a junção das abordagens psicológicas produz sínteses reducionistas que ao invés de favorecerem o enriquecimento teórico e o permanente diálogo, concorrerão para a construção de contradições teóricas.

O desenvolvimento da integração em psicoterapia caracteriza-se como um fenômeno crescente e de fundamental importância no debate contemporâneo da psicologia clínica. A ênfase principal da psicoterapia integrativa é sobre as características individuais do paciente e sobre a relação terapêutica, considerados como elementos-chave da mudança terapêutica bem como na motivação do cliente.

Integração é diferente do ecletismo que pode ser usado para denotar uma abordagem essencialmente pragmática, na qual o terapeuta utiliza qualquer técnica que acredita ser eficaz, com pouca ou nenhuma compreensão téorica que guia sua escolha (Arkowitz, 1997).

A integração é fecunda desde que apóiada numa racionalidade complexa, guiada pelo reconhecimento da complementariedade existente nestas diferenças entre as abordagens, mas também pelo reconhecimento dos
limites de cada proposta.
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